As companhias aéreas costumam cobrar um valor adicional dos passageiros que querem mais espaço durante a viagem. E os lugares mais confortáveis nem sempre são os mais baratos. Dessa forma, para estimular a compra de passagens por meio de QR Code, a Gol fez uma parceria com o PicPay e vai oferecer o assento Gol +Conforto por apenas R$ 1.
A oferta por esse valor ficará disponível por até 72 horas depois da compra da passagem. Logo depois que o cliente adquirir o bilhete, ele receberá uma mensagem informando um código para comprar o Gol +Conforto. A promoção serve para viagens domésticas.
Facilidade para o cliente
A adesão ao pagamento instantâneo (como o PicPay) permite que consumidor compre passagens da Gol sem ter cartão de crédito, o que facilita a inclusão de desbancarizados ao transporte aéreo. A compra poderá ser realizada utilizando o saldo da carteira PicPay, por exemplo.
Com isso, a Gol se antecipa ao lançamento do PIX (sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central) em 16 de novembro, que permitirá fazer transferências e pagamentos em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana.
O que é o PIX?
O PIX, novo sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC), começa a funcionar em todo o país no dia 16 de novembro deste ano. O objetivo é oferecer um meio de pagamento mais seguro, competitivo e rápido, com transações financeiras em até dez segundos, que poderão ser realizadas sete dias por semana, 24 horas por dia – inclusive nos fins de semana e feriados -, além de possibilitar a realização de transferências digitando apenas o celular ou o CPF.
Outras funcionalidades devem ser anunciadas conforme o avanço do calendário de implementação do novo sistema, nos próximos quatro a cinco anos. O BC garante que o PIX será “tão fácil, simples, intuitivo e rápido quanto realizar um pagamento com dinheiro em espécie”. Tanto pessoas físicas, como pessoas jurídicas, poderão fazer uso dos recursos da nova plataforma.
Como vai funcionar o PIX?
De acordo com o Banco Central, o PIX será formado por seis características principais. São elas:
- Disponibilidade: as operações poderão ser realizadas 24 horas por dia, inclusive em fins de semana e feriados;
Velocidade: o valor enviado chegará ao recebedor praticamente em tempo real (a operação deve levar cerca de 10 segundos para ser concluída); - Conveniência: a experiência de uso deve ser intuitiva para o usuário;
Segurança: as transações serão baseadas na Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN) e terão como base tecnologias de proteção atuais; - Ambiente aberto: o PIX estará disponível não só para bancos como também para financeiras, fintechs e afins;
Multiplicidade de casos de uso: o PIX permitirá transferências de qualquer valor entre pessoas e/ou empresas, pagamentos em estabelecimentos físicos ou virtuais e recolhimentos ao governo federal (impostos).
Para ser tão abrangente quanto promete, um sistema como esse precisa efetivamente se tornar padrão. É por isso que o Banco Central determinou que todas as instituições financeiras com mais de 500 mil contas ativas terão que oferecer o PIX (se esse número for menor, a participação será opcional).
Nessa contagem, entram contas correntes, poupanças e contas de pagamentos, como as que são oferecidas pelo Nubank (NuConta). Não é por acaso: o Banco Central já deixou claro que, com o PIX, quer estimular a competitividade no segmento. Com isso, a briga “bancos versus fintechs” deverá ficar cada vez mais acirrada.
As instituições poderão participar de maneira direta ou indireta. O primeiro tipo faz liquidações de transações diretamente no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) — o “motor” do PIX. Já os indiretos precisarão de um participante direto como intermediário para realizar as transações. Os bancos de varejo e múltiplos deverão, obrigatoriamente, ser participantes diretos.